BOITEMPO
Mineiro vai comendo devagar
O mingau quente pelas beiradas
Pelas estradas da vida, tudo devagar...
O trem, a cidade, a multidão de mineiros
A paciência de manter o mesmo passo
E quando chega a plenitude do tempo
O vaqueiro das letras pega o boitempo a laço
Voltei o mourão, amarra e dá um nó
Vence o cansaço e se torna o poeta-maior.