Gabriela
E eu que me achava coerente
Quando vi teus cabelos cheios pela primeira vez
Teu nariz empinado, prepotente
Tentei te odiar
Tentei maldizer para mim mesmo
Teu jeito de ser, o orgulho na tua voz
Mas minha língua travava
Com um não-sei-o-quê de relutância
E eu que me achava coerente
Vi-me tornar um paradoxo
Ao sorrir dizendo Gabriela
Pois és tudo o que nunca procurei
E eu que achava que me conhecia
Fui me conhecer por dois olhos castanhos