SAUDADE DO SUL
Pra ti que me conheceu agora
eu faço um pedido da hora.
Dos treze aos vinte e três anos
eu vivi no Rio Grande do Sul,
sinto ainda os ventos minuanos
e relembro aquele céu azul.
Por isso, se queres ser amigo,
trates-me sempre como paulista,
não me ofereças chimarrão
e por favor nunca insista.
Isso seria coisa de inimigo,
confesso-te com sinceridade,
só poderia ferir meu coração.
Cantaria mais alta a saudade
e terias diante de tua vista,
neste homem, um bebe chorão.
Hoje minh’alma em trapos,
mas sempre com esperanças,
ainda guarda dos Farrapos
as mais doces lembranças.
SP. 18/04/09
Fernando Alberto Couto.