O MAESTRO
E o suor escorre pela face
Enquanto a batuta, feito bailarina
Dança no ar, sem pouso,
Como fada ou borboleta que se exibe.
Surge, portanto, nas entrelinhas
Mágicos acordes que me reanimam,
Recriando-me e elevando-me
Às alturas onde eu não poderia estar.
Pois eis que bailam em minh’alma
As partituras que já não cantam
Descrevendo tudo o que já perdi...
E que vou perdendo com o passar do tempo
Pois o maestro da sinfonia que ecoa, sua
Tentando, como poeta, se fazer ouvir!