Carta para uma grande mulher
Tenho eu algo que me valha tanto
Quanto o apreço de te ter em minha vida?
Tenho eu resguardado tantas e tamanhas tolices
Que tu não possas extinguir?
Não Tenho eu chorado tanto por não ter
O tanto que quiseras para mim e para ti?
Não tenho eu morrido muito antes
Que tua vontade de morrer por mim?
Não tenho eu despedaçado quase sempre
Quando tuas lágrimas começam a cair?
Não tenho eu aqui sozinho no meu pranto,
Tu a escutares tudo a fim de animar-me?
[...] Tenho eu quase nada nessa vida,
Mas tudo tendo sempre enquanto estás aqui.