Nossa amiguinha Mimosa
Busquei em minha infância as cenas
Quando a encontrei foi pura sorte
Seu destino parecia malfadado
E a triste sentença da coitadinha
Era a morte!
Jogaram-na indefesa nas linhas do trem
Ainda um filhote.
Abanava seu cotoco de rabo
Fazendo festa quando chegávamos
Amiga e fiel companheira
Tão meiga e às vezes teimosa!
Espirituosa e temperamental.
Como ela era inteligente!
A todos cativava
Mãe de todos os rejeitados
Gatinhos, pintinhos
Ou qualquer outro bichinho
Que em nosso quintal aparecesse.
S.R.D - Sem raça definida
Linda vira-lata como tantos outros
Que tinha atitudes tão nobres
Assim foi e se foi nossa cadelinha
Querida e inesquecível
Nossa pretinha Mimosa
Um frágil e pequenino animal.
Laboratório de Criações Coletivas - Poesia On line
Mote:
"Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações." - Sigmund Freud
Marcelo Bancalero em 29/mar/2009