A cidade
A cidade é um chão de palavras e afectos
Que a gente pisa usa e vive em nós.
Manhã cedo, a alvorada numa cidade de silêncio.
Do bulício e do tempo terna claridade
Que desponta do breu
Vibram os ecos no silêncio na noite
Sombras e luzes rumorejos aqui e além
Recado das horas das torres sineiras
Ecos de apitos um barco que parte
O vento calado zumbindo afinado
Apenas sussurrado nomeia o tempo
A chuva que molha vapores, névoas
Na cidade de vidraças e do frio que provoca
O exalo dos corpos
As luzes que piscavam acendem e apagam
Aqui e além cidade adormecida
Tem sempre espertina que a movimenta
O comboio apita um carro que passa
Passos apressados de gente embuçada
Laminas nas sombras corpos que caem
Um som de pistola
Sombras e vida que se gera nas rotinas
De uma cidade que tem vida que não para
A noite a sumir a aurora a abrir
A gente a sorrir um grito um vagido
Uma criança que nasce uma vida que se esvai
Dramas que se escondem, sirenes de alerta
Gente que vai outra que vem
Vidraças que escorrem do bafo da gente
Cidades sem passado roubaram-lhe a história
Agora é um plágio trasladada de outras sem glória
E eu desenho uma casinha com flores
Na vidraça embaciada do arranha-céus
Que espreita lá fora o mundo agitado
Cá dentro o aconchego.
De tta
A cidade é um chão de palavras e afectos
Que a gente pisa usa e vive em nós.
Manhã cedo, a alvorada numa cidade de silêncio.
Do bulício e do tempo terna claridade
Que desponta do breu
Vibram os ecos no silêncio na noite
Sombras e luzes rumorejos aqui e além
Recado das horas das torres sineiras
Ecos de apitos um barco que parte
O vento calado zumbindo afinado
Apenas sussurrado nomeia o tempo
A chuva que molha vapores, névoas
Na cidade de vidraças e do frio que provoca
O exalo dos corpos
As luzes que piscavam acendem e apagam
Aqui e além cidade adormecida
Tem sempre espertina que a movimenta
O comboio apita um carro que passa
Passos apressados de gente embuçada
Laminas nas sombras corpos que caem
Um som de pistola
Sombras e vida que se gera nas rotinas
De uma cidade que tem vida que não para
A noite a sumir a aurora a abrir
A gente a sorrir um grito um vagido
Uma criança que nasce uma vida que se esvai
Dramas que se escondem, sirenes de alerta
Gente que vai outra que vem
Vidraças que escorrem do bafo da gente
Cidades sem passado roubaram-lhe a história
Agora é um plágio trasladada de outras sem glória
E eu desenho uma casinha com flores
Na vidraça embaciada do arranha-céus
Que espreita lá fora o mundo agitado
Cá dentro o aconchego.
De tta