CINZIA*
Cinzia, doce flor do meu destino
Volto no tempo eterno do meu querer
E passeio de mãos dadas com você!
Flor em botão que eu desposei
Fazendo da minha vida um jardim!
Cúmplice mulher que desabrochou
O homem que existia em mim!
O universo era templo e testemunha
Quando nos olhava sorrindo na rua
Repletos da mais completa alegria!
Em nosso casamento coroamos o amor
Que nos retribuiu com dois frutos...
Filhos, para colorir mais o nosso mundo!
Cinzia, doce flor do meu destino
Que desabrochou na mais linda flor...
Fez-se mãe carinhosa e dedicada
Aumentando ainda mais o meu amor!
A vida era um imenso jardim
Num eterno primaverar!
Nosso amor suave poesia
Na cumplicidade de nosso amar!
O tempo corria... faceiro
Até a chegada daquela notícia!
O medo assolou nossa alma
E nossa vida virou agonia!
Em breve momento fez-se outono
E vi você, doce flor do meu destino, Cinzia
Despetalar, dia-a-dia!
Mesmo assustado, sofrido
Não me deixei abater
E beijei suas lágrimas pelo caminho
Vendo em seus olhos o sorriso renascer!
E a cada pétala de vida que perdia...
Eu as recolhia em minha alma...
Nem o mais duro sofrimento esmaecia
O eterno amor que eu dedicava!
E hoje, doce flor do meu destino, Cinzia
Nestes caminhos que nos fizeram amor
Revejo sua fronte, ainda menina
Sentindo no coração o seu calor!
Acreditando na justiça divina
Sei que logo nos encontraremos
Espere doce flor do meu destino, Cinzia
Em um novo jardim nós viveremos!
Santo André, 11.03.06 – 15:40 hs
* Cinzia é o modo carinhoso como o Antonio (Amigo 187) chamava sua esposa Vincenza, a quem dedico estes versos, que são a mais linda história de amor vivida por eles.