Guerreira caída
Guerreira.
Caída, sim!
Mas mesmo caída,
para mim,
guerreira, continuas a ser.
Você que tanto sonhava,
hoje quase não sonha mais,
pois os sonhos se perderam,
se espalharam,
como folhas ao vento.
O árduo caminho,
feriu teus pés,
os espinhos lhes furaram as mãos;
As mesmas mãos,
que seguraram as minhas,
ainda tão pequenas,
hoje jaz calejadas e envelhecidas.
A tristeza lhe embotou o olhar,
o mesmo olhar que um dia,
me ensinou a amar a vida.
Os ombros tão fortes,
que um dia me susteve,
hoje se encontram encurvados,
pelo cansaço.
Os braços que embalaram, abraçaram,
fraquejaram.
Seus cabelos escorridos,
que eu tanto gostava de escova-los,
(lembra-se?)
encontram-se embranquecidos,
mostrando as aflições,
por quais tens vivido.
Os sonhos se foram,
as alegria acabaram,
mas continuas a sobreviver,
e continuas a sorrir;
Esse sorriso de dentes quebrados,
por dores alquebrados,
carregados de sofrer.
Você que tanto me ensinou a lutar,
hoje, não luta mais,
mas continuas a sobreviver,
como um guerreiro caído,
que mesmo vencido,
não deixa sua arma para trás.
Por isso ainda és uma guerreira,
e sempre irá ser.
Queria poder lutar por você,
mas sei que não posso,
Só nós podemos lutar por nós mesmos.
Sei que sou um tanto distante,
mas esse é meu jeito de ser,
sei que pode parecer estranho,
mas te amo!
mais do que qualquer coisa,
que possas imaginar.
E mesmo que não acredite mais,
Continuarei sempre,
acreditando em você.
Pois guerreira,
para mim,
sempre irá ser.
À Aquela que me ensinou a amar...