CONFRONTO
Temos pontos convergentes
E divergências banais
Mas nos desafiamos
E nos enfrentamos demais.
Somos tão inconseqüentes!
Não importam os sinais
De que nos amamos.
Não nos concedemos paz.
Não somos muito eloqüentes
Em discussões infernais
E assim nos abalamos
Em rinha que bem não nos faz.
E se mais tarde, dormentes,
A luz mais clara se faz
Então, sozinhos, pensamos
No quanto se pode ver mais
Se voltarmos, atentos
Nossos passos, atrás,
Ao instante em que clamamos
Em nossas mentes geniais
Pela essência das tormentas.
Talvez desviemos os canais
Para que juntos possamos
Viver momentos normais.