Menina cigana
É... eu vim assim na invernada.
Ah, vim, com o pé na estrada
e no rastro da alegre ciganada.
Sou feito romã e noz moscada,
não sou má e nem desprezada,
sou esperada: a flor da manhã.
Um tanto herege... quase pagã,
não sou cortesã ou mal falada.
Perfume de canela, sou castelã.
Fui cedo oferecida à bela Iansã,
e faço apenas guerra perfumada.
No rito da terra, sou uma maçã.
Eu danço nas rodas de fogueira,
a girar nas luzes da madrugada,
menina cigana, morena faceira.
Silvia Regina Costa Lima
Dezembro de 2008
Poema oferecido a Meriam
como quem não quer nada.
Só por 'me' ser tão querida
- só por ela ser bem-amada
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meriam lazaro
Guardarei dessa manhã,
semeada em POESIA,
no campo a flor da maçã
frutificando a magia.
Se a AMIZADE é pagã,
deusas sopram harmonia
com sons da flauta de Pã
num ritual de alegria.
Não sei se creio em Iansã,
mas fico com a melodia,
gosto fértil da romã
riso de AMOR, luz do dia...
SILVIA, se gostar, escolha uma dessas trovas
em gratidão pelo seu gesto de muita Luz e Alegria.
Fiquei comovida e feliz.
Que Deus a abençoe, a sua família,
aos seus amigos e a sua arte poética.
Um brinde à amizade e à poesia!
Tim! Tim! Beijos, Meriam
PRESENTE DE AMIGOS
palavras ciganas ...
rodopiando saias rodadas
e rimas emocionadas ...
palavras nomades ,
que seguem seu rumo ,
no vento e na cancao entoada ...
obrigada pela visita carinhosa ...
mell mello
Maravilhosamente moldados vossos mimos,
Num laço de amizade que a tudo supera..
A poesia vos transporta a outra esfera,
Que vos permite criar os próprios hinos...