Meu irmão
Dedico esta poesia ao meu irmão, Valentim Antonio de Sousa Neto, que por consequência do destino perdeu contato conosco. Mas, mesmo assim, com toda sua indiferença, nós o amamos e estaremos vigilantes, orando pelo seu bem estar físico e espiritual.
Um dia partiste levando um pouco de nós
a saudade foi nossa companheira
manhãs, tardes, noites...
A primavera chegou
não vimos desabrochar os lírios do campo
a neblina cobria nossos olhos
tudo embaçou, olhos vítreos doentios
Cá estamos a te esperar
dias, semanas, meses...
O tempo passou
não vimos jorrar nos lábios os sorrisos
cerraram todas as saídas de vida
tudo adormeceu, rosto aflitivo
Participará dos nossos banquetes
tua cadeira sempre reservada
guardanapo alvo para limpar
os restos de indiferenças
e purificado, brindaremos
tua vida
tua vinda
Te amamos, onde quer que esteja.