Mestre

Mestre

A sobriedade das palavras

Colocadas a certa ordem

Entoam um cântico harmônico

Que agrega ao conhecimento meu

Um prazer que alegra

Entretanto, sem a necessidade

De tornar-se irônico

Cultura nada tem a ver

Com títulos perecíveis

Papéis que ao longo dos anos

Amarelam e esfarelam

Ou apenas as paredes enfeitam

Emoldurados em madeira morta

Um farto banquete para cupins

Sinfonia de palavras rebuscadas

Que surgem entre gargalhadas

Aguçando ainda mais o saber

O verdadeiro mestre é aquele

Que aprende tanto quanto ensina

Que acerta tanto quanto erra

Por ser ilimitado não se define

Apesar de sua humanidade

Fernanda Vaitkevicius
Enviado por Fernanda Vaitkevicius em 12/03/2009
Código do texto: T1483223
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.