Mestre
Mestre
A sobriedade das palavras
Colocadas a certa ordem
Entoam um cântico harmônico
Que agrega ao conhecimento meu
Um prazer que alegra
Entretanto, sem a necessidade
De tornar-se irônico
Cultura nada tem a ver
Com títulos perecíveis
Papéis que ao longo dos anos
Amarelam e esfarelam
Ou apenas as paredes enfeitam
Emoldurados em madeira morta
Um farto banquete para cupins
Sinfonia de palavras rebuscadas
Que surgem entre gargalhadas
Aguçando ainda mais o saber
O verdadeiro mestre é aquele
Que aprende tanto quanto ensina
Que acerta tanto quanto erra
Por ser ilimitado não se define
Apesar de sua humanidade