SER POETA, SER ARTISTA
A poesia se faz a fio...
A fio da imaginação nas ideias do real nos ideais.
Como o silêncio traz o medo, o medo do choque,
O medo de pensar, agir...
No agir que corta, suja e some...
Batendo e rebatendo, o poeta clama o seu cantar.
Canta a dor de suas palavras em versos e prosas;
Lágrimas que choram lágrimas
Ao derramar verdades por verdades...
“Verdades que ninguém vê”.
Nessa angústia insidiosa que o atormenta,
Mas, que ao mesmo tempo, o faz sonhar...
Sonhar a liberdade de expressar o seu cantar,
O seu sofrer...
Um desejo ardente de viver, viver e crescer...
Amar e sonhar!
Nesse estado de sofreguidão que lhe arrebata o coração...
Vai-se como o dia de ontem e chega a solidão...
A solidão do pó, e cala.
Pacco
1973