OH MÃE!
Na cabeça brilhavam as cãs nevosas,
Nos ombros arcados os feitos do passado.
Recordavas os tempos do ventre inchado
Gerando diferentes flores formosas...
Oh mãe, que lembranças saudosas!...
Parecias boiadeiro tocando o gado,
Sem deixar uma rês perdida no prado,
Evitavas tropeços em estradas perigosas.
Conduziste o rebanho todos os dias
Com teu aboio suave e muita firmeza.
Desesperavas, choravas, lambias as crias
Se uma se desgarrasse rebelde, indefesa.
Na volta, teus olhos eram mar de alegrias,
E o grande amor ressaltava a tua beleza...