Vitrine
Teu corpo
Não é repasto canibal
Não se entrega à sanha animal
Nem se permite ao sexo porco
Teus seios
Não são regalos sexuais
São fartos, sem serem anormais
No peito guardas anseios
No rosto
Se teu sorriso for só farsa
Toda tristeza se disfarça
Mesmo que tenhas desgosto
Tuas pernas
São muito belas e torneadas
Já te levaram por longas estradas
Por claros vales, cavernas
Tuas curvas
De altos e baixos como a vida
Cheias de encontros e despedidas
Redemoinhos, vistas turvas
Vitrine
Teu corpo atrai mas te estressa
Não mostra teus íntimos sentimentos
Nada do que o teu olhar expressa
Sublime
Teu corpo,
Respeito
Teus peitos,
anseios
Tuas pernas,
Estradas
Tuas curvas,
Vitrines
Um amor,
Anseios...