Vitrine

Teu corpo

Não é repasto canibal

Não se entrega à sanha animal

Nem se permite ao sexo porco

Teus seios

Não são regalos sexuais

São fartos, sem serem anormais

No peito guardas anseios

No rosto

Se teu sorriso for só farsa

Toda tristeza se disfarça

Mesmo que tenhas desgosto

Tuas pernas

São muito belas e torneadas

Já te levaram por longas estradas

Por claros vales, cavernas

Tuas curvas

De altos e baixos como a vida

Cheias de encontros e despedidas

Redemoinhos, vistas turvas

Vitrine

Teu corpo atrai mas te estressa

Não mostra teus íntimos sentimentos

Nada do que o teu olhar expressa

Sublime

Teu corpo,

Respeito

Teus peitos,

anseios

Tuas pernas,

Estradas

Tuas curvas,

Vitrines

Um amor,

Anseios...

Angelo Tomasini
Enviado por Angelo Tomasini em 27/01/2009
Código do texto: T1407732
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