ANJOS*
(HÁ TRÊS TIPOS DE ANJOS: OS ANJOS CONDENADOS À TERRA, E A PERDER, POR ISSO, AS ASAS E A INOCÊNCIA; OS ANJOS ESCOLHIDOS, RESGATADOS PARA O CÉU E A ETERNIDADE; E OS ANJOS QUE, APESAR DE CONDENADOS À TERRA, NUNCA PERDEM AS ASAS NEM A INOCÊNCIA...E GANHARÃO, UM DIA, A ETERNIDADE...)
Sei de anjos
Perfeitos por natureza,
Fadados pela beleza
Duma Primavera efémera.
Sei de Anjos
Perfeitos por santidade,
Elevados à eternidade,
Sem direito a espera.
Sei de Anjos...
Naturalmente perfeitos,
Por Deus e o Céu eleitos
Para serem anjos na Terra...
Sei de anjos
Expulsos do paraíso,
Reféns do Final Juízo,
Algozes da Natureza.
Sei de Anjos
Que no Paraíso vivem,
Salvos da breve vertigem
Deste Mundo de incerteza.
Sei de Anjos...
Que são o próprio Paraíso,
A transparência do riso
De quem não sabe a tristeza...
Sei de anjos
Condenados a crescer,
À percepção do sofrer,
A ser e colher espinhos.
Sei de Anjos
Resgatados na inocência
P’ro um adeus que, em clemência,
Faz da saudade seu ninho.
Sei de Anjos...
Eternamente crianças,
Que não nos cobram fianças,
Só nos cobrem de carinho...
Sei de Anjos...
Que só pedem permissão
P’ra nos levar pela mão,
E do nosso amor tão crentes,
Que os seus olhos são afagos,
Nenúfares em calmo lago,
Da paz mais pura, sementes...
Sei de Anjos...
Que nos pedem p’ra aprender
Que amar não é (só) sofrer...
*Poema escrito em Novembro de 2008, para participação no XIII Concurso de Poesia da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Setúbal.
(HÁ TRÊS TIPOS DE ANJOS: OS ANJOS CONDENADOS À TERRA, E A PERDER, POR ISSO, AS ASAS E A INOCÊNCIA; OS ANJOS ESCOLHIDOS, RESGATADOS PARA O CÉU E A ETERNIDADE; E OS ANJOS QUE, APESAR DE CONDENADOS À TERRA, NUNCA PERDEM AS ASAS NEM A INOCÊNCIA...E GANHARÃO, UM DIA, A ETERNIDADE...)
Sei de anjos
Perfeitos por natureza,
Fadados pela beleza
Duma Primavera efémera.
Sei de Anjos
Perfeitos por santidade,
Elevados à eternidade,
Sem direito a espera.
Sei de Anjos...
Naturalmente perfeitos,
Por Deus e o Céu eleitos
Para serem anjos na Terra...
Sei de anjos
Expulsos do paraíso,
Reféns do Final Juízo,
Algozes da Natureza.
Sei de Anjos
Que no Paraíso vivem,
Salvos da breve vertigem
Deste Mundo de incerteza.
Sei de Anjos...
Que são o próprio Paraíso,
A transparência do riso
De quem não sabe a tristeza...
Sei de anjos
Condenados a crescer,
À percepção do sofrer,
A ser e colher espinhos.
Sei de Anjos
Resgatados na inocência
P’ro um adeus que, em clemência,
Faz da saudade seu ninho.
Sei de Anjos...
Eternamente crianças,
Que não nos cobram fianças,
Só nos cobrem de carinho...
Sei de Anjos...
Que só pedem permissão
P’ra nos levar pela mão,
E do nosso amor tão crentes,
Que os seus olhos são afagos,
Nenúfares em calmo lago,
Da paz mais pura, sementes...
Sei de Anjos...
Que nos pedem p’ra aprender
Que amar não é (só) sofrer...
*Poema escrito em Novembro de 2008, para participação no XIII Concurso de Poesia da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Setúbal.