AUSÊNCIA DO POETA
Quando o poeta se ausenta?
Quando se entrelaça na poesia
São unha e carne da mesma mão
E a ausência é o que o sustenta
no escrever versos com maestria
Se ausenta fisicamente, fica só o coração
Quando o poeta se concentra
Sua aura fica dourada e brilha,
para fluir sentimentos e emoções
E para isso ele no seu universo, entra
Buscando a lira perdida numa trilha
e com ela vai dedilhando várias canções
A poesia cai como neve em sua mente
Como gota preciosa de chuva colorida
que escorre pela face e chega à pluma
O mundo pára, e o poeta fica ausente
Para fazer-se presente em plena vida
com mistérios que se fazem brumas
E lá vem o sussurro da inspiração
Soprando poemas e versos ritmados
de amor, de dor, de paixão, de saudade,
de despedida, de partidas, de pura ilusão
Versos que por vezes se acham intimidados,
e em muitas vezes exalam bondade