RECANTO DAS GARÇAS( meu recanto)

(Sócrates Di Lima)

É no recanto que ouço o canto dela,

Do sabiá no pé de laranjeira.,

Do Rouxinol no parapeito da janela

Do bem-te-vi no canto da soleira.

É no recanto das garças que me inspiro,

Lá a melodia tem harmonia bela.,

Até a brisa tem sinfonia que causa suspiro,

Parece que o vento me traz as vozes dela.

Lá no recanto, as águas do rio me fascinam,

Um contraste da verde mata e o bronze do rio.,

Flores multicores, animais livres ainda caminham,

Entre a terra firme, o rio silencioso, e a mata no cio.

Lá no recanto a chuva é mais bela na sua empreitada,

Ela traz a brisa fresca e o cheiro da vida molhada.,

E traz nostalgia e saudade da mulher amada,

Numa visão sublime no meio da noite enluarada.

É lá no recanto, ás margens do Rio Pardo,

Que a gente vê o quanto a natureza tem vidas belas.,

O homem na sua loucura faz o belo ficar borrado,

Na ambição desenfreada do dinheiro e suas sequelas.

E foi numa lancha, subindo e descendo O Rio na correnteza,

Que percebi o quanto o homem é ingrato com toda essa beleza.,

Tem tudo nas mãos e de graça com certeza,

E destroem tudo com culpa, maldade e safadeza.

É por isto que os desastres naturais nos assustam,

Os rios transbordam e alagam cidades e vidas são sacrificadas.,

E mesmo assim, anos após anos o homem os degradam,

E caem propositadamente nas nossas próprias ciladas.

E lá no recanto das Garças onde ainda existe uma vida bela,

Eu me prosto aos pés do fantástico santuário daquele lugar.,

E me sinto feliz em não seu mais um a acabar com ela,

E curtir essa beleza que os olhos ainda podem nos mostrar.

E pela janela dos meus olhos posso enxergar,

Que tudo ali tem o sublime toque do amor.,

E me faz dela a cada instante me lembrar,

Porque ela e a natureza são as duas que sempre vou querer amar.

(Em 02/01/2009 – Registrada)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 02/01/2009
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1363421
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