GRITOS SUFOCADOS

(Sócrates Di LIma)

Ao vento brado, A noite em si cala...

E a lua em seu florão exala.,

O perfume límpido do sereno plácido.

As estrelas fulguram em um círculo fúlgido,

E o céu qual guerreiro impávido que reluz.,

Ostenta seus astros como lábaro vívido,

A ermo por tanta luz,

Chora suas lágrimas em soluço contido.

De repente o céu em si fecha,

E as trevas dominam aquela terra deixada ao léu.,

E num relâmpago que lhe rasga o véu,

Um raio deixa rastro de luz como uma flecha.

É com lágrimas que a chuva flácida,

Desliza sobre a terra mórbida de valas intermitentes.,

Sufoca a garganta numa ação violenta e proibida,

Bloqueia o brado na mente dos sobreviventes.

É a guerra inútil e fria,

Que o mundo carrega nas costas.,

É a violência que o homem cria,

Em nome de uma falsa paz e que fecham portas.

Corpos destroçados nas visões cristãs,

Que nada tem a se comemorar.,

Nem as tréguas, pois são suspensões vãs,

Da qual o homem tenta se justificar.

Suspendem-se o sonido de arma letal,

Que explodiriam almas do poder que é capaz .,

Só para passar em festas e rezas o dia de natal,

Numa falsa idéia de que buscam a paz.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 18/12/2008
Reeditado em 30/12/2010
Código do texto: T1342212
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