NEFAZTA VIDA
Hoje acordei com vergonha de mim
Onde havia versos, tudo inunda em choro.
Ò, como fui assim, perder o decoro,
Como pude amar assim, um elo perdido,
E sofrer tanto, sem medida, em tantos dias?
Hoje lavei o rosto na aurora, e vi o sol.
Hoje renovo minhas promessas de esquecer
Hoje refaço as malhas de viver
E reconheço-te passado em arrebol.
Hoje te revi em túmulo, com flores.
Chorei uma lágrima, esqueci amores.
Ontem passou em vidas corrompidas
Outro sorriso veio a minha vida.
Outra voz, outro som, outra cantoria.
A voz e riso da neta querida!
Desfaz em mim essa nefasta vida!