RIO DE JANEIRO

És a cidade encantada

Da glória às glórias

Entro na Floresta da Tijuca

Como se entrasse num recinto sagrado

Recebo o abraço de Cristo

E como se Ele fizesse mágica

Abre os braços dizendo: - delicie-se!

Ao que eu fico mudo diante de paradisíaca visão...

Ouço pássaros urbanizados

Vejo pombos comendo batatas fritas

E o falar de tantas línguas

Muitas parecem grego ou dinamarquês...

E as tuas veias pulsam

Nas ruas cheias de bólidos

E rostos desconhecidos

Copacabana me encanta

Flamengo esconde as negras

Que um dia chamavam-se Tereza

Hoje assumem nomes modernos

No mar mergulham corpos esculturais

Alguns esculpidos em bisturis

Outros em modernas academias

Rio de Janeiro

Belo em dezembro

E todas as épocas do ano

No carnaval me desnudo em você...

O que dizer diante do Corcovado?

Do Pão-de-Açúcar provo um pedaço

No meu café da manhã

Tão logo acordo e descubro que não estou só...

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 12/12/2008
Código do texto: T1330931
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