A um amigo
A alma, agora tão pura.
Por quê?
É pura e boa
Sorri um sorriso a toa
Nada, nada quer de você
Vaga por precipícios
Não enxerga nem indícios
De tristezas e agonias
Vaga solta pela rua
Aberta assim, muito crua
Leve e solta
Farfalhante
Alma louca, povoada
De fantasias burguesas
De vestimentas inglesas
Ah!Essa alma travessa
Corre e voa
Baila e povoa
Todos os bares da vida
E canta sambas e valsas
E declama alegrias falsas
É uma alma muita a toa
Esta alma que mora nesta pessoa.