En-Sonhamentos

À Elisa Lucinda

encantadoras de serpentes

anunciadoras do onírico

assobios suaves

de seres que sangram

à cada lua

ao seu sabor

apenas e inconstante.

Aparece-me em sonho

imaginário do real

e poesia se faz

mesmo que dormindo

nos mistérios nossos

adormecidos

(pois não...)

de desejos plenos

de vôo

insensados de asas

pilotas de nós

brevidades

no encontro

semelhanças

no respeito

Ah! torna-te

em profetisa

vestida de tear palavras

sumidas ao vento

resvaladas

nas sementes que se espraiam

na primavera de nós.

Pólen negro

pérola que germina em si

o arco-íris do plural

nos mistérios de um sonho

sonhado

que tanto

se torna real

e que sempre

se volta

à ficção da origem

do tudo!

Ana Paula Perissé
Enviado por Ana Paula Perissé em 26/11/2008
Reeditado em 20/04/2009
Código do texto: T1304409
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