O vento sopra forte

Como que incomodado com sua ausência.

As folhas de papel amontoadas por sobre a mesa teimam em ficar, e ao sabor do vento insistem em voar em direção a porta na vã sensação de que você retornara, e como que a espera-la ficam ali prostradas, outras por sentirem sua falta e no afã de lhe encontrar saem pela janela a voar e essas com certeza nunca mais irão voltar.

O transito lá fora segue louco, e como sempre alheio a falta que você faz.

O guarda apita incessantemente para o transito louco desafogar, e lá muitos carros tem suas buzinas acionadas e mal sabem eles que o muito barulho não lhes adiantara de nada, não sabem o silêncio escutar, e como folhas de papel ao sabor do vento voar.

Ficar atento ate o grande momento de você voltar.

E quando da sua chegada esta solitária folha se sentira recompensada.

Agora ela já não salta, não pula, fica ali inerte, parada como que extasiada esperando o momento certo onde você há de se debruçar e sobre ela, você que é pura inspiração, um poema escreverá com suas próprias mãos.

Daí então o vento que soprava forte acalma-se, por sorte, e numa brisa a soprar sussurra teu nome.

Só eu posso escutar....INGRID.
Marcelino Rocha
Enviado por Marcelino Rocha em 20/11/2008
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