O vento sopra forte
Como que incomodado com sua ausência.
As folhas de papel amontoadas por sobre a mesa teimam em ficar, e ao sabor do vento insistem em voar em direção a porta na vã sensação de que você retornara, e como que a espera-la ficam ali prostradas, outras por sentirem sua falta e no afã de lhe encontrar saem pela janela a voar e essas com certeza nunca mais irão voltar.
O transito lá fora segue louco, e como sempre alheio a falta que você faz.
O guarda apita incessantemente para o transito louco desafogar, e lá muitos carros tem suas buzinas acionadas e mal sabem eles que o muito barulho não lhes adiantara de nada, não sabem o silêncio escutar, e como folhas de papel ao sabor do vento voar.
Ficar atento ate o grande momento de você voltar.
E quando da sua chegada esta solitária folha se sentira recompensada.
Agora ela já não salta, não pula, fica ali inerte, parada como que extasiada esperando o momento certo onde você há de se debruçar e sobre ela, você que é pura inspiração, um poema escreverá com suas próprias mãos.
Daí então o vento que soprava forte acalma-se, por sorte, e numa brisa a soprar sussurra teu nome.
Só eu posso escutar....INGRID.