Terrinha querida
De Edson Gonçalves Ferreira
Para Claraluna, Susana Custódio, Pedro Nascimento, Edith
Teles de Menezes,Alexa Wolf, Dulcinéia, Joakin, Terá Sá,
Miguel e Malubarni, Zé Albano, Henricabílio e poetas do
Recanto das Letras e da Academia Lusófona
Dentro do meu coração, existe um mar
Nele navega velas ancestrais
Dentro delas, saudades cantam acompanhadas por bandolins antigos
São tocados pelos meus avós que partiram do cais
E toda a minha alma é um cais à espera
Quando eu voltar em nome deles a Portugal
E pisar na terra que Camões celebrou e Fernando Pessoa consagrou
Vai ser divino passear nas calçadas antigas
Os braços dados com vocês, poetas do Recanto
e do canto encantado de minh´alma
Eternas serão as lembranças
e tão sagradas como são as daqueles que partiram
Não sei quanto cais tens Lisboa
Não sei quantas embarcações navegam no Tejo
Só sei que em todos os cais, em todas as embarcações,
/estou presente
Ao lado de vocês, poetas da última flor do Lácio
Que não é, para mim, inculta, mas só bela
E, ao som de fados, quero dizer do meu amor incondicional
De poeta passional
Que nos uniu para sempre na pureza dos versos
Afinal, quem escreve o que sente, sabe que os versos nunca são seus
Eles, depois de feitos, dizem adeus e partem para a humanidade.
Observação:
Adorei o registro da visita da Claraluna. Em abril, vou aceitar o convite e irei, se Deus quiser, mas para ficar com vocês.
Divinópolis, 04.11.08
Interação poética
de Terá Sá
para Edson G. Ferreira
Salgado mar e imenso
De lágrimas extenso
Vertidas da saudade
Que a partida arde!...
Salgado mar e imenso
Às vezes eu penso
Se não és quimera
E visão efémera
Do elo de forças
D' alquimias nossas
Coração um só
Em laço sem nó...
Portugal, 07.11.08