AO ÍDOLO E AO FÃ

Ao meditar-me na vida

A decisão lógica tomei,

Ao concluir por mim mesmo,

Que eu mesmo devo ser...

Não posso tomar pra si,

Identidade que não será minha,

Alheia me é, igual quente areia

Do deserto que um corpo definha...

Posso ter meu ídolo, sim,

Mesmo que DEUS me proíba,

De qualquer lugar do mundo,

Que as artes me destinam...

Sejam no esporte, teatro e cinema,

Todo ídolo artístico, mimado se vê

Pelo seu fã, que lhe dá o afã

De aplaudi-lo pela vida inteira...

Posso ter meu ídolo, mas,

Não posso imitá-lo,

Por se apagar minha identidade,

Atrás de meu ídolo fico camuflado...

E o meu eu e o meu jeito de ser,

De também vir a ser um ídolo aos olhos

Fascinantes, tais, confiantes de um

Fã anônimo que, por aí, já me viu...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 31/10/2008
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