HOMEM E NATUREZA
(Sócrates Di Lima)
Não há por que falar em tristeza.,
Não há por que da vida se lamentar.,
Não há por qual razão não perceber a beleza,
Que nossos olhos podem enxergar.
Olhe com prazer as flores na primavera,
Olhe com prazer os odores das flores.,
Elas mostram que a vida é uma eterna espera,
Da natureza pura e seus prazeres.
Eu não consigo compreender,
Por que o homem é tão violento.,
Destrói a natureza por mero prazer,
Tornando a vida num confronto sangrento.
Cortam-se virgem floresta,
Destroem-se fontes nascentes.,
Logo, nada mais para o futuro resta,
Senão uma terra seca e climas quentes.
Já experimentamos tais dissabores,
A ganância do homem faz horrores,
E nossos netos, experimentarão os sabores,
De frutos industrializados e águas de féticos odores.
Os rios estão secando, tomem por base o “velho chico”,
Não se encontram peixes em grandes veios fluviais.,
Pois o homem polui manancial destrói matas ciliares, em um pisco,
Trocando plantações que alimentam, por infinitos canaviais.
Provocam erosões, assoreamentos de rios e lagoas,
Destruindo o que Deus graciosamente os presenteou,
E desse presente está em jogo a vida e as mesmas pessoas,
Que sem escrúpulos, ganancioso não valoriza o que ganhou.
Não se sabe por quanto tempo a terra há de durar,
Mas, o consolo é que de toda a riqueza que o homem há de ganhar.,
Da morte certa, não há meio de escapar,
E nada dessas coisas para o ataúde há de levar.
Este mundo é demasiadamente belo,
E por mais que o homem assombra esta beleza.,
Não há nada mais vingativo do que um ato singelo,
Que ensejam as respostas letais da contrariada natureza.
Na vida não há como uma resposta os dois satisfazer,
Na luta entre o homem e a natureza.,
Somente um dois dois haverá de vencer,
E nesta luta pela sobrevivência, o homem perderá, com certeza.