uma dedicatória platônica.
Dedicatória aqueles teus olhos
que me querem eu comer,
a esta boca saliente que eu
desejo beijar.
nestes braços teus que não
me existo quero me afogar,
em doçuras deste manjar.
o que faço para morrer antes
de não tentar?
bem! a morte veio cedo para este
amor de paixão
assim como veio a efêmera imagem
de sua face direcionada uma única vez
a mim.
como pode?
como pode se viver tentando a
falsidade de não te olhar ainda
que não é mais do que uma bela imagem que
me cruza na linha da vida?
não existe em sua peça,
então antes sair de cena...
mas antes ainda quero este confuso e disforme verso deixar:
um alguém aqui dentro não deixa de te olhar,
ainda que sei que és phantasy improptus,
um beijo tecido em palavras,
e um abraço ecoado no silêncio.
de um admirador insolente.