uma dedicatória platônica.

Dedicatória aqueles teus olhos

que me querem eu comer,

a esta boca saliente que eu

desejo beijar.

nestes braços teus que não

me existo quero me afogar,

em doçuras deste manjar.

o que faço para morrer antes

de não tentar?

bem! a morte veio cedo para este

amor de paixão

assim como veio a efêmera imagem

de sua face direcionada uma única vez

a mim.

como pode?

como pode se viver tentando a

falsidade de não te olhar ainda

que não é mais do que uma bela imagem que

me cruza na linha da vida?

não existe em sua peça,

então antes sair de cena...

mas antes ainda quero este confuso e disforme verso deixar:

um alguém aqui dentro não deixa de te olhar,

ainda que sei que és phantasy improptus,

um beijo tecido em palavras,

e um abraço ecoado no silêncio.

de um admirador insolente.

J F de Sá
Enviado por J F de Sá em 21/10/2008
Reeditado em 21/10/2008
Código do texto: T1240216
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