Mouraria
Mouraria
de Edson Gonçalves Ferreira
para Edith Teles de Meneses, Malubarni, Tera Sá, Susana
Custódio, Zé Albano, Henricabilio e amigos do Recanto em
Portugal e mundo
Minha alma é um cais
Quantos navios partiram de mim, não sei...
Há um quê de lamento que ecoa
Chega até a Mouraria, meus olhos castanhos
Vestígios dos mouros e dos sonhos
Alentejo, choro cantando...
Camões, Amália e Pessoa brigam dentro de mim
Sou as cordas das guitarras que choram
Sou os príncipes esquecidos nas muralhas
Sou as princesas esquecidas nos jardins
Sou o resto de tudo o que partiu
E cruzando mares, encheu outra terra nova
Com a única palavra que chora
Chora belissimamente: saudade.
Divinópolis, 20.10.08
Resposta lusitana
De Tera Sá
Para Edson Gonçalves Ferreira
Na Mouraria um verso
Chorou saudade de nós
Em prantos, rezei um terço
Nas cordas tangendo dós
Duma guitarra esquecida
Nas esquinas dum passado
Que é a história da vida
Dum povo sempre irmanado...
Edson, esta é só uma resposta singela e emocionada, para o seu tributo às inegáveis raízes que nos unem... Um abraço forte.