Lá vai ela

Lá vai ela descendo a rua

Cortando o quarteirão,

Anda toda bela,

Todos a olham da janela

Mas ela passa rápido

Pois tem medo da escuridão.

Entra em seu palácio

E com força bate o portão.

A luz da sala se acende

Mas minutos depois se apaga.

O silêncio toma conta.

Ela pois-se a dormir,

Mas pela manhã

Ouço cedo a agua ferver,

A porta se abrir e

O portão forte bater.

Ela desce a rua

Toda de branco,

Entra na farmácia

E de lá saira só ao entardecer.

Farmacéutica deve ser.

Que linda profissão.

E ao escurecer,

Novamente lá vai ela,

Descendo a rua

Cortando o quarteirão,

Toda bela, andando rápido,

Com medo da escuridão.

Walison Muniz
Enviado por Walison Muniz em 17/10/2008
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