Lá vai ela
Lá vai ela descendo a rua
Cortando o quarteirão,
Anda toda bela,
Todos a olham da janela
Mas ela passa rápido
Pois tem medo da escuridão.
Entra em seu palácio
E com força bate o portão.
A luz da sala se acende
Mas minutos depois se apaga.
O silêncio toma conta.
Ela pois-se a dormir,
Mas pela manhã
Ouço cedo a agua ferver,
A porta se abrir e
O portão forte bater.
Ela desce a rua
Toda de branco,
Entra na farmácia
E de lá saira só ao entardecer.
Farmacéutica deve ser.
Que linda profissão.
E ao escurecer,
Novamente lá vai ela,
Descendo a rua
Cortando o quarteirão,
Toda bela, andando rápido,
Com medo da escuridão.