Nortuna

Negra e densa surge ela.

Reluzindo com todos os astros,

Observo aqueles fatos,

Que mim reduzem a chama de uma vela.

No silêncio do teu cantar,

Sinto o cheiro das flores.

Esqueço então das dores.

E a alma vem a transbordar.

Teu céu iminente,

De estrelas a mil.

Será que me viu?

No meio de tanta gente.

Sou tua filha.

Moro na Terra.

Vivo no meio dessa guerra.

Eu me chamo Wilha.

Passo o dia a te esperar.

Como és calma e serena.

Me vejo então pequena,

Tu chegas sem avisar.

Traz contigo essa lua.

Que a todos ilumina.

Me fazendo menina,

E mulher solitária na rua.

Com teu mistério vens.

Libertas meu pensamento.

Me faz livre como o vento.

Maravilhas sei que tens.

Sou eu que da cama,

No frio te chama.

Não se cansa, te ama.

E para sempre te clama.