poeta, poeta, que surges assim
na noite de vento.
e invades a tela do meu computador
sempre com uma florzinha na mão...
ai poeta, tu me pegas distraída
entre meus telhados e tijolos
tão presa nesse mundo real
e me levas contigo, por palavras
por sonhos e idéias, muito além daqui...
e eu te levo a tomar café
em copinhos de massa de tomate
as sete da manhã
em uma obra qualquer
e sorrindo, tu vais...
meu poeta misterioso
do qual não conheço o rosto
do qual não conheço a voz
e nem quero conhecer...
quero só que surjas
a qualquer momento
numa noite de vento
com uma florzinha na mão
na tela do meu PC...