"paixão proibida"
Majestoso, desfila soberano no tambor;
A elegância é natural e ajuda no ritual de intimidação ao seu opositor.
Suas penas brilham e a coloração é impecável;
A depilação dificulta a presa e areja as partes necessárias.
O bico coberto com uma armadura protetora, reluz;
Sobre as esporas, luvas protetoras, em igualdade de condições, prontas para a batalha.
Mira-se fixamente, sem medo;
O sangue esquenta, a respiração aumenta;
O combate é inevitável.
Vôos, bater de asas;
Olhos atentos, pés ligeiros e certeiros;
Com inteligência, arrogância e treino, vai demonstrando sua habilidade;
A perícia é primordial para não ser ferido de morte.
No anel superior da arena, ouvem-se gritos, insultos e acenos;
Embaixo, os gladiadores desferem golpes quase que simultâneos;
Quase mortais, às vezes mortais.
A bavura é grande, é real.
São guerreiros valentes, agressivos, impiedosos.
Por um instante, um dos lutadores decreta finalizada a batalha.
São separados, refrescados, medicados.
Final do embate.
É ovacionado; é a consagração do vencedor;
Embala um canto vigoroso;
Sempre após a batalha volta, repousa e descansa.
Prepara-se para multiplicar sua raça de campeão;
Outros virão, continuarão...