BIANCA
Quem diria ser assim que sopra o vento do destino?
Badalando aquele interno sino quando a mais linda vista se avista;
Mesmo que a tantos quilômetros ela dista, pode causar desatino;
Faz um homem sonhar como menino, e que até de olhos fechados lhe assista!
Coisas contidas no mistério dessa beleza que não me poupou;
Que às alturas me arrebatou e deu-me um beijo no leito das nuvens;
Nem precisou de atitudes, sua linda alma me conquistou;
Agora prisioneiro seu eu sou, entre as grades de seus encantos e virtudes!
Isso é maldade benévola, porque tortura meu ego com afagos;
Quisera ser o mais hábil dos magos e transportar os teus lábios aos meus;
Venerar-te com a convicção dos ateus, voar em tapetes de pétalas até teus braços;
Vender minha liberdade aos teus laços, te ouvir dizer que meus passos são teus!
Fica então meu pingo esperançoso e colorido nas telas do impossível;
Meu beijo carinhoso em tu’alma sensível e a minha absurda admiração;
Também minha estendida mão, como forma de apoio a tudo quando for possível;
E por mais que te pareça incrível, o que nem posso descrever nessa confissão!