BIANCA

Quem diria ser assim que sopra o vento do destino?

Badalando aquele interno sino quando a mais linda vista se avista;

Mesmo que a tantos quilômetros ela dista, pode causar desatino;

Faz um homem sonhar como menino, e que até de olhos fechados lhe assista!

Coisas contidas no mistério dessa beleza que não me poupou;

Que às alturas me arrebatou e deu-me um beijo no leito das nuvens;

Nem precisou de atitudes, sua linda alma me conquistou;

Agora prisioneiro seu eu sou, entre as grades de seus encantos e virtudes!

Isso é maldade benévola, porque tortura meu ego com afagos;

Quisera ser o mais hábil dos magos e transportar os teus lábios aos meus;

Venerar-te com a convicção dos ateus, voar em tapetes de pétalas até teus braços;

Vender minha liberdade aos teus laços, te ouvir dizer que meus passos são teus!

Fica então meu pingo esperançoso e colorido nas telas do impossível;

Meu beijo carinhoso em tu’alma sensível e a minha absurda admiração;

Também minha estendida mão, como forma de apoio a tudo quando for possível;

E por mais que te pareça incrível, o que nem posso descrever nessa confissão!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 30/09/2008
Código do texto: T1203865
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