Duas Marias

Jorra nos olhos a esperança

Espera que a estrela apareça

Retorna de suas andanças

Metade de minha cabeça

A procura de sua alma gêmea

Surge nas fendas do espaço

Na terra as outras almas teimam

Em eternizar nos seus braços

Estrela que aponta para o leste

No azul reluz as pontilhas

No passado, esperança me deste

No presente tu és o meu guia

Roço meu punho no vento

Sustento o verbo amar

Lágrimas que caem no relento

Fazendo meu sangue parar

Lá se foram as mães de aço

Com suas têmperas macias

Zele pelo meu cansaço

Xarás da Virgem Maria.

Otaviano de Carvalho
Enviado por Otaviano de Carvalho em 10/09/2008
Código do texto: T1171622
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