UMA ESCRITORA

A moça constrói-se

Em casa

A arrumar os espaços

Pra caber tanto

Seus quandos tantos

De moça.

Parágrafo aberto

Recepciona a primeira palavra

De uma à outra

O sorriso

Espalha-se

Outras de outras

Tantas quantas

Dá-lhe na telha

De chover-se em chuvas

Temporais

A guardar chuvas

Consoantes

E vogais

A cair-lhes dos dedos

Ensopando os papéis

Dos seus quandos

Escritas que germinam

Brotam...

Da boca dos papéis.

Sua fala.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 09/09/2008
Reeditado em 09/09/2008
Código do texto: T1168683
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