JERONIMO MADUREIRA (Acróstico)
J á me disse, aquele moço, e de bom jeito,
E eu achei tão deliciosa a sua explanação
R eafirmada, ao dizer-me, direto no peito,
O número que ele seria nessa procissão.
N ão desejou, ser ele, o número primeiro,
I nclusive, me explicou muito bem o motivo,
M e disse que o um é água de alagadeiro,
O outro, o dois, é que é bem mais atrativo.
M e disse também que, por ser único assim,
A gora será o que a lembrança mais acessa;
D ois é número que estará sempre em mim,
U nido, grudadinho, eterno na chama acesa.
R ecordado quando todo o burburinho cessar
E o palco poético der lugar à cama e mesa,
I mpregnando meu ser com seu forte braço,
R eavivará minha memória pela delicadeza,
A rraigado nessa lembrança, como um laço...
Ele disse que é meu fã número dois
que ficou pra depois
para ser único
Que o fã número um se perde e se mistura,
que a mente depois depura,
o dois com seu dom mediúnico
fazendo com que ele seja especial,
que não seja igual
à turma do gargarejo.
O fã número dois se torna exclusivo
e tem seu lugar cativo
no aplauso e no molejo
quando o alarde cessa na canção
e se faz tênue o brilho da purpurina;
o número dois cria vínculo no coração,
presente no descer da cortina...
Que bom saber que é meu cativo fã,
- tenha lá o número que escolher -
é belo como o segundo raio da manhã,
que depois de acordar, vem aquecer...
Pra você Jeronimo Madureira, meu fã número dois,
meu agradecimento, meu carinho, meu afago.
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