FERROVIÁRIA

À MOGI DAS CRUZES E SUAS ESTAÇÕES

O quando é trem que passa

Em janelas

A recortar paisagens

Papéis picados

Passagens

Cidades deixadas

Partidas

Fruto deste corte

Em que se esvai

O tempo.

O corpo

É trânsito

No rumo

O sempre

À geografia

De lugar nenhum.

Meus olhos

Miras

De dentros

E foras

A marcar encontros

No nunca...

Volto-me interior

O trem

Noites

Luas

Rodam

Dançam.

Poesia...

Vinda a vagões de tempo.

Estas linhas...

O trem...

A viagem:

As palavras.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 05/09/2008
Código do texto: T1162535
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