GONZAGA, UM FAZENDEIRO
AO GONZAGA, O JORNALISTA.
Gonzaga
Vai à folha branca
Como quem vai logo ali.
E eu às folhas brancas
Das dificuldades que tenho.
Dele
Ilustre desconhecida...
Vai refletindo sobre aquela
Pequenas e grandes coisas
De todos os seus tempos
Papéis de cabelos brancos
Refletidos
De Gonzagas múltiplos
Saindo de sertões
Em caminhadas...
Deliciosas frases
Veredas do viver...
Muito perigoso.
Às cordas bambas
Afirma-se
Sua escrita segura
Firme
Muitas vezes em laços
De prender
E não soltar...
Dizer Gonzaga
Fazendeiro
É dizê-lo uma vez e meia
Quem sabe duas
E da pecuária
Verdade definitiva
De palavras bois
E vacas...
Principalmente
Não pode lhe faltar as últimas
Tua escrita tem esta queda
Pega aqueles
Mas principalmente aquelas
Na sua escrita tesa
De trazê-las
E quando dão por si
Dão no que queria
Ele,
Delas.
Já aqueles vão sendo trazidos
Presos à mão firme
Encurralados
Aprisionados
No vasto pasto
De estendê-los todos.
Frases em estouro...
Sempre de uma contida boiada
Por ele
Que aprendeu laçar
Laçando
Em suas muitas laçadas
Laça outro
Laça outra
E de combinações
Botam-nos no compor
Frases às folhas pastos
Desencurraladas
Que os não pecuaristas
Não sabem
E não saberão
Digo pecuaristas do tipo...
Meu amigo Gonzaga
Agora que isto lhe falo
Penso nesta minha pequena boiada
Solta no branco deste meu sítio
Pensando
O que pode pensar o Gonzaga?
Com seu olhar perscrutante
Perscrutador.
Relaxa, Gonzaga!
Este sítio se fez em homenagem
Em tua homenagem
Pra dizer
Com minhas palavras
Boizinhos
Vaquinhas
O quanto admiro
Teus textos fazendas
Enfim
Teu olhar fazendeiro
De se fazer
Zombeteiro
Desta minha homenagem
De dizer meu amor por você.