COLTRANE

AO MEU IRMÃO, JUNINHO

O negro do disco

Num sopro também negro

Suspende-se em dor e amor

Por um braço que calca

A fina agulha de traspassar

Este momento...

Deslizando concêntrico

Elípticas guirlandas de notas

Esvoaçando

Num abismo

O solo

A busca do além

Do próprio sopro

De existir...

Olhos que se fecham

No contemplar

O tudo/nada dos sentidos

Abertos

Nota Si

Ao registro

Os dedos em Sol

Notas do porvir.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 02/09/2008
Reeditado em 03/09/2008
Código do texto: T1157596
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