COLTRANE
AO MEU IRMÃO, JUNINHO
O negro do disco
Num sopro também negro
Suspende-se em dor e amor
Por um braço que calca
A fina agulha de traspassar
Este momento...
Deslizando concêntrico
Elípticas guirlandas de notas
Esvoaçando
Num abismo
O solo
A busca do além
Do próprio sopro
De existir...
Olhos que se fecham
No contemplar
O tudo/nada dos sentidos
Abertos
Nota Si
Ao registro
Os dedos em Sol
Notas do porvir.