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PAI E FILHOS
(homenagem ao dia dos pais)
PAI E FILHOS
(homenagem ao dia dos pais)
Fascinante pequena vida que eu vi nascer,
que ainda no ventre com amor eu acariciava,
e como resposta timidamente me chutava.
As mamadeiras nas madrugadas sonolentas,
o choro por causa da fralda suja ou molhada,
aquela chantagem carente pedindo carinho.
Os primeiros passos inseguros e indecisos,
os primeiros dentinhos ávidos por morder,
e o sorriso tímido, deliciosamente inocente.
Ensinei-te a nadar te segurando ao colo,
a andar na primeira bicicleta com rodinhas,
os tombos, os hematomas, agora senhor de sí.
A estréia na escola, inseguro e aos prantos,
a busca do desconhecido e a curiosidade,
a fardinha e a indispensável lancheira.
Os banhos de chuva, de mar e de cachoeira,
as cantigas de ninar, os mimos, as historinhas,
os super-heróis, as brincadeiras e os amigos.
Meus cabelos agora começam a ficar grisalhos,
te espero nas madrugadas na volta das baladas,
e meu sono só chega quando você chega.
Quando te recordo tão frágil no meu colo,
percebo que o tempo passou e você cresceu,
agora você é um homem e eu... o que sou eu?
* Esta poesia está no livro "Mania de Escrever" a ser lançado brevemente com poesias diversas. É proibida a cópia ou a reprodução sem a minha autorização. Visite meu site: www.ramos.prosaeverso.net