CANTO DE LIBERDADE DE UM GUERREIRO ÍNDIGENA
Sou filho da terra, do vento, do sol e do mar
Mais me pintei para guerra
Porém ainda não sei
Aonde, como e quando guerrear.
Pois, declararam a minha extinção
Sem ao menos, me conhecer
Nem tão pouco me amar.
Sou índio, sou forte
Nasci pra vencer
E queria mesmo, era compreender
Onde foi que eu errei
Pra que você
Desejasse me ver, morrer.
Eu não fiz mal a ninguém
Não roubei e nem matei
Não invadir seu espaço
Nem quis seguir os seus passos
Porque quer me banir do seu futuro
Se também componho a melodia do mundo?
Será que você não tem coração
Ou simplesmente, quer ser sozinho o dono de tudo?
Não vê que o que anseia é uma prisão
Um deserto sem oásis com cercas e muros?
Desperta homem-branco
Eu também sou teu irmão
O meu querer é tão pouco
Somente um pedaço de chão
Distante de sua sociedade
Livre de sua limitação.
Sou grato pela vida que me sustenta
E amo por demais a mãe natureza
Mais se tiver que lutar para sobreviver
Pode ter certeza, que eu vou me defender
Porque os espíritos dos meus ancestrais
Irão me dar à força de um milhão ou muito mais.
Portanto, enquanto um de nós existir
Subsistirá a nossa raça “Os Filhos do sol”!
Porque nada ou ninguém, conseguira extinguir
O que somos no universo da grande harmonia.
E se eu fosse você homem-branco
Observava com amor e ternura
Como unidos formamos a mais bela poesia!
Fim desta, C. Santos.