CANTO DE LIBERDADE DE UM GUERREIRO ÍNDIGENA

Sou filho da terra, do vento, do sol e do mar

Mais me pintei para guerra

Porém ainda não sei

Aonde, como e quando guerrear.

Pois, declararam a minha extinção

Sem ao menos, me conhecer

Nem tão pouco me amar.

Sou índio, sou forte

Nasci pra vencer

E queria mesmo, era compreender

Onde foi que eu errei

Pra que você

Desejasse me ver, morrer.

Eu não fiz mal a ninguém

Não roubei e nem matei

Não invadir seu espaço

Nem quis seguir os seus passos

Porque quer me banir do seu futuro

Se também componho a melodia do mundo?

Será que você não tem coração

Ou simplesmente, quer ser sozinho o dono de tudo?

Não vê que o que anseia é uma prisão

Um deserto sem oásis com cercas e muros?

Desperta homem-branco

Eu também sou teu irmão

O meu querer é tão pouco

Somente um pedaço de chão

Distante de sua sociedade

Livre de sua limitação.

Sou grato pela vida que me sustenta

E amo por demais a mãe natureza

Mais se tiver que lutar para sobreviver

Pode ter certeza, que eu vou me defender

Porque os espíritos dos meus ancestrais

Irão me dar à força de um milhão ou muito mais.

Portanto, enquanto um de nós existir

Subsistirá a nossa raça “Os Filhos do sol”!

Porque nada ou ninguém, conseguira extinguir

O que somos no universo da grande harmonia.

E se eu fosse você homem-branco

Observava com amor e ternura

Como unidos formamos a mais bela poesia!

Fim desta, C. Santos.

Akeza
Enviado por Akeza em 08/02/2006
Reeditado em 15/06/2011
Código do texto: T109219
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