Para Edgar Allan Poe

Não sou a infância de um vil diabo

Nunca vi os meus demônios

Nas paixões tive meu inferno

Execrado fui pelos conterrâneos

Na estirpe da tristeza continuo

No canto um esteta agonizava

No coração da mais prolixa treva

Tudo que amo morre, amor tardio...

Sou o fruto da demência longeva

Na estrada a vida não é minha

Do bem só o mal conheço

Mistério de Circe a Morgan

No leito do rio do inferno repouso

Rubra chama que me queima

No sol do meu ser só tempestade

Em gélidos invernos melancólicos

Os relâmpagos chamam a morte

Um bruxo chamado Reynolds

Consumiu minha existência

Naquelas noites distantes padeço

No extenso vermelho de sangue

Com Mefistófeles me encontro.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 17/07/2008
Reeditado em 17/07/2008
Código do texto: T1084799
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