TEMPESTADE
(À Simone Soares)
O tempo passa
Da imensidão caem gotas
Dos meus olhos caem lagrimas
Que se misturam
Formando uma só tristeza
E nessa melancolia
Minha alma segue. Contudo,
Tenho que me contentar.
Dias turbulentos, frios
Aqui, em qualquer lugar
Estou sempre a lacrimejar
A brisa bate, e as gotas,
Vão secando, se espalhando,
Os trovôes ribombam como
Meus gritos de desabafo
Os relâmpagos faiscando
Alimentam minha alma
Eu abro meus braços
Ele entra em meu peito
E minha alma se alimenta
Aí me sinto capaz
E me faço imortal.