MISTÉRIOS
“O sertão é o mundo”
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Sonhos, poeira, estradeiro,
Árdua travessia do cerrado,
Boiadas e boiadeiros,
Perdidos no chão campeado.
Toadas, estórias, lamentos,
Intrepidez, combate, passagem,
Vôo dos pensamentos,
Olhares atentos à paisagem.
O porquê das coisas, o céu serenado,
A hora, a vez, a noite calada,
A saudade que encosta-se ao corpo molhado.
É tanto, é forte, é vontade de rever a amada.
Os corações em labaredas,
A mulher em trajes masculinos,
Encontros e desencontros de veredas,
Corpo a corpo, desencanto do destino.
A saga que rasga, tirana, a sagarana ritmada,
Palavras que bailam no imaginário,
“Detrasinho, domingar, nonada”,
O ser(tão) revolucionário.
A sombra da gameleira, o riachão,
As festas que rompem a aurora,
Miguilin - manuelzão,
O antes e o depois, é agora.
Os mistérios do sertão mineiro,
Na diversidade lírica da prosa,
Conduzidos para o estrangeiro,
Pelo mestre João Guimarães Rosa.
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(Cem anos de um admirável escritor).
“O sertão é o mundo”
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Sonhos, poeira, estradeiro,
Árdua travessia do cerrado,
Boiadas e boiadeiros,
Perdidos no chão campeado.
Toadas, estórias, lamentos,
Intrepidez, combate, passagem,
Vôo dos pensamentos,
Olhares atentos à paisagem.
O porquê das coisas, o céu serenado,
A hora, a vez, a noite calada,
A saudade que encosta-se ao corpo molhado.
É tanto, é forte, é vontade de rever a amada.
Os corações em labaredas,
A mulher em trajes masculinos,
Encontros e desencontros de veredas,
Corpo a corpo, desencanto do destino.
A saga que rasga, tirana, a sagarana ritmada,
Palavras que bailam no imaginário,
“Detrasinho, domingar, nonada”,
O ser(tão) revolucionário.
A sombra da gameleira, o riachão,
As festas que rompem a aurora,
Miguilin - manuelzão,
O antes e o depois, é agora.
Os mistérios do sertão mineiro,
Na diversidade lírica da prosa,
Conduzidos para o estrangeiro,
Pelo mestre João Guimarães Rosa.
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(Cem anos de um admirável escritor).