Desce do telhado
a voz do sonho
passeia nas esquinas
ecoa dissimulado.
Lembra a figura
curva e vagorosa
nas calçadas
do cavaleiro ausente.
Olhar atento
mostra o que sente
no rosto pouco riso
alma maquina versos
sem parar.
Estão no ar, no chão
marcas dos passos dados
a poesia arde
por todos os lados.