UM GRITO NA TARDE

UM GRITO NA TARDE

Sua família o segue, unida,

dando forças a aquele grito,

o emblema mais importante,

dentro do seu infinito.

Um carrinho na mão.

Uma mulher, uma filhinha e um grito.

Aquilo tudo tão bonito.

Estratégia sensacional. Triunfante.

Pensa: “Quem sabe no futuro

possa ter um alto-falante!...”

E segue no seu dia-a-dia,

depois de árduo trabalho,

sua rotina normal.

O brado, um slogan genial.

Um merchandising. Um comercial.

Casa por casa, gritando...

Um minuto de espera.

Depois continua chamando

a sua seleta galera.

O seu grito é um modelo.

É um pregão de um homem ao povo!

E lá vai o Reinaldo gritando, de novo:

“Oooovvvvvooo! Oooovvvvooo! Oooovvvvooo!

Theo Padilha - 2002

Theo Padilha
Enviado por Theo Padilha em 26/06/2008
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