UM GRITO NA TARDE
UM GRITO NA TARDE
Sua família o segue, unida,
dando forças a aquele grito,
o emblema mais importante,
dentro do seu infinito.
Um carrinho na mão.
Uma mulher, uma filhinha e um grito.
Aquilo tudo tão bonito.
Estratégia sensacional. Triunfante.
Pensa: “Quem sabe no futuro
possa ter um alto-falante!...”
E segue no seu dia-a-dia,
depois de árduo trabalho,
sua rotina normal.
O brado, um slogan genial.
Um merchandising. Um comercial.
Casa por casa, gritando...
Um minuto de espera.
Depois continua chamando
a sua seleta galera.
O seu grito é um modelo.
É um pregão de um homem ao povo!
E lá vai o Reinaldo gritando, de novo:
“Oooovvvvvooo! Oooovvvvooo! Oooovvvvooo!
Theo Padilha - 2002