UM GRANDE MAGISTRADO - DR. ADINALDO ATAÍDE CAVALCANTE



Renome de nossa história Jurídica,
Desse colégio Judiciário Caxiense,
Onde sempre pronunciou sentenças,
Prolatando decisões aguçadas,
Em prol de uma sociedade de que foi vítima,
Sua verdade fora tida como inverdade.

Longe da terra gonçalvina,
Batia incansavelmente,
O coração de sua mãe,
A sua maior defensora e advogada,
Lutadora em todos os momentos de sua vida,
Que sempre lhe dizia:
-Isso tudo vai passar.
-Você fora vítima das piores ciladas humanas.
E, no entanto,
Naquele dia,
Naquele ano,
Naquela data aprazada,
Da instrução probatória processual,
Os céus que cobrem Caxias,
Em pleno verão acirrado,
Os provedores das intentas ciladas,
Caíram por terra,
À míngua de mais uma traição.

E dos céus,
Sobrevieram a mais clareadas respostas
Turvou o tempo,
Encurtou as horas,
Trovoadas estarrecedoras cortavam os céus,
Águas caiam sobre o fórum,
Até parecia um mau sinal,
Um castigo,
Uma reprovação.

Luzes, luziam nas salas fechadas,
Oriundas de relâmpagos,
E faíscas estridentes,
Era a voz de Deus,
Mudando o tempo,
Lavando as maldades atingidas,
No teu nome, Dr. Adinaldo,
O teu patriarca, o nosso Deus,
Mandou em teu nome,
A JUSTIÇA ESPIRITUAL.

Lembras?
Aquelas palavras ditas por sua mãe?
Que ultrapassou,
Todos os limites dos homens que te julgaram,
Dum emaranhado labirinto processual,
E a tua verdade reinou,
No direito perseguido,
Na Justiça proclamada, límpida e robusta,
De que és um magistrado guiado por Deus,
Escrevendo na tua inteligência,
O saber da Justiça,
Não contas com o cansaço,
Mesmo assoberbado de trabalho,
Com inúmeras postulações.

Juiz técnico,
Neutro,
Que decide de forma imparcial,
Com perspectivas na reprodução,
De um povo que vive,
Das desigualdades sociais,
Sem mágoas,
Sem rancor,
Mas, com cicatrizes saradas.

Hoje é 02/06/2005,
Última presidência de Júri,
E não será a tua despedida,
Desta Caxias das Aldeias Altas,
O teu honroso trabalho,
Sombreará sempre,
As folhagens da nossa Academia Jurídica,
Do composto de alegrias,
Vivida no fórum Arthur Almada Lima.

De onde estiveres!
A 2ª. Vara do Colégio Judiciário Caxiense,
Será sempre tua,
Pela marca e passagem,
De tua alma todos os dias.
 
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 28/01/2006
Reeditado em 09/09/2019
Código do texto: T105068
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