A RUA DA MINHA CASA

Escrevo na minha rua à noite

E ela é vazia com olhares urbanos

Meio Sampa e sem sentido

Mas reconfortante se chego de viagem.

Torna-se insuportável nos meus tédios

Já que a lua dessa rua

É inconstante:

A própria rua é inconstância plena.

Inconscientemente e sem verdades

Guarda minhas fases e não espalha

E nela sou bem vinda

De roupa Brega ou até sem roupa:

Olho nua para ela através da vidraça.

Minha rua só é tristeza quando acaba

Porque fico desprotegida

Deixando meus melhores passos

Marcados no Asfalto...

Lilith Lonely
Enviado por Lilith Lonely em 23/06/2008
Código do texto: T1048082
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