A RUA DA MINHA CASA
Escrevo na minha rua à noite
E ela é vazia com olhares urbanos
Meio Sampa e sem sentido
Mas reconfortante se chego de viagem.
Torna-se insuportável nos meus tédios
Já que a lua dessa rua
É inconstante:
A própria rua é inconstância plena.
Inconscientemente e sem verdades
Guarda minhas fases e não espalha
E nela sou bem vinda
De roupa Brega ou até sem roupa:
Olho nua para ela através da vidraça.
Minha rua só é tristeza quando acaba
Porque fico desprotegida
Deixando meus melhores passos
Marcados no Asfalto...